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Você já pensou em adotar?

  • Foto do escritor: Regina Chaves
    Regina Chaves
  • 21 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

O tema da adoção é muito mais complexo do que se pensa à primeira vista. Existem aspectos no adotante e no adotivo, que precisam ser reconhecidos, para que possa haver êxito.

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Começando pela criança, mesmo um recém nascido tem história, ele carrega em si, a história de uma gestação, a voz e os sentimentos que a mãe teve nesse período, e mesmo as determinações históricas e sociais que a levaram a deixar, ou a perder, o contato com o filho.

Carrega também uma herança cultural e emocional dessa família de origem, que precisa ser respeitada, pois ele não surgiu do nada, ou foi produzido para suprir os desejos dos adotantes.

É muito importante que haja reconhecimento e respeito por essa história que, queira ou não, faz parte da criança. Pais que não possam respeitar essa realidade, tendem a idealizar o filho, e a reação da criança pode ser de tentar se adequar a essa idealização, esmagando sua interioridade, ou a se rebelar, uma vez que jamais poderiam alcançar essa projeção das figuras parentais.

Do ponto de vista dos filhos, eles podem a necessidade de agradar sempre, por medo de perder seu lugar, deixando de ser eles mesmos, e de se realizar como pessoas.

Existe ainda o aspecto corporal, mesmo em adoções intra-raciais, existe a percepção de diferença corporal, da não identificação com o corpo, que não se espelha no dos pais.

O adotivo anseia por sua história, por entender o motivo de sua ruptura com a família original, e muitas vezes por conhecer essas pessoas, embora também pertença, reconheça e se identifique com a família adotiva.

Esse processo pode necessitar de acompanhamento, seja para os pais, seja para os filhos, crianças, adolescentes ou adultos, e é importante que o profissional a atender compreenda a profundidade dessa problemática, que pode ser mais complexa e específica, do que aparenta ser.

Os pais adotivos, raras exceções, elaboram o luto por não poder gerar o sonhado filho biológico, e até mesmo das perdas e abortos das tentivas naturais e/ou das fertilizações…

podem se tornar inseguros para educar, e precisam ser confirmados em seu legítimo lugar de cuidadores e educadores.

Toda essa complexidade, pode requerer auxílio profissional, seja na chegada e adaptação do filho, seja nos entraves que fazem parte do desenvolvimento, e da vida.



 
 
 

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PSICÓLOGA REGINA CHAVES

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